O hospital foi criando em uma planta baseada em sistema aberto onde os eixos principais se bifurcam em eixos secundários, inspirado no crescimento das raízes, que como consequência concebe um método construtivo que dá liberdade de criar um edifício modular. Por isso, além de poder criar peças pré-fabricadas, também se tornou possível a expansão do hospital conforme a necessidade de demanda da região.
O complexo hospitalar totaliza uma área de 27.690m² e foi dividido em 4 distintos blocos que aproveitam os desníveis da colina para setorizar o hospital. No primeiro nível – bloco de internação; no segundo – serviços gerais; no terceiro – serviços complementares, emergência, arquivo médico e alas cirúrgicas e de obstetrícia, e; no quarto – o ambulatório.
Apesar da setorização, os blocos, exceto o ambulatório, são conectados ao setor de intenção, onde os níveis são ligados no sentido horizontal, o que reduz sensivelmente o fluxo e congestionamento dos profissionais e pacientes no sentido vertical.
No campo de internação fica o principal artifício construtivos dessa obra, onde pré-moldados de concreto armado no formato de caixa, servem como apoios de cargas verticais e como principal característica da fachada. Esses caixotes chegam a pesar cerca de 4 toneladas e funcionam como célula que garantem a ampliação em série. As distribuições escalonadas desses elementos proporcionam terraços jardins entre um pavimento e outro e causam uma composição dinâmica entre os espaços fechados com os ajardinados. Influência nítida causado pela valorização da natureza pregada na contracultura dos anos 60.
Outro sistema importante está nos desenhos dados aos componentes de argamassa locados nas coberturas dos ambulatórios. Os sheds permitem ventilação e iluminação naturais as áreas e ainda dão forma e movimento a estrutura brutalizada pelos elementos pré-fabricados. Nesse mesmo ambiente, divisórias de aço permitem a flexibilidade do espaço interno e proporcionam maior dinâmica do layout. Os elementos de instalações passam por meio de uma estrutura aparente de canaleta e galerias visitáveis e faz desse sistema um componente flexível de fácil possibilidade de extensibilidade e acesso a manutenção.
Arquiteto: João Filgueiras de Lima Lelé.
Localização: QNC – Área Especial Nº 24 – Taguatinga Norte, Brasília – DF
Ano Do Projeto: 1968.
Fotografias: Clay Rodrigues, Joana França, – João Filgueira Lima Lelé arquitetos brasileiros, Courtesy Asbea – especificados em legenda
Texto: Clay Rodrigues.
Localização: https://maps.google.com.br/maps?espv=2&psj=1&bav=on.2,or.r_cp.r_qf.&bvm=bv.75097201,d.eXY,pv.xjs.s.pt_BR._MP44uOfpP0.O&ion=1&biw=1536&bih=777&um=1&ie=UTF-8&fb=1&gl=br&cid=14912033674218476428&q=Hospital+Regional+de+Taguatinga&sa=X&ei=TrcZVKbLA9K4ggSSnIKoBA&ved=0CI0BEPwSMAo